O artigo investiga o filme Laranja Mecânica de Stanley Kubrick, realizado em 1971. Ao contrário das análises tradicionais, que buscam ver nesse filme um libelo contra a violência - ou, curiosamente, uma apologia desta mesma violência -, propõe-se uma interpretação que caminha em direção dos fundamentos visuais que constroem no espectador essa percepção de "violência", ressaltando-se aí primordialmente os valores que são colocados em questão pelas imagens que o filme nos mostra. Propõe-se, portanto, um redirecionamento analítico de um filme muito visto e discutido, explicitando-se outros elementos em jogo, bem como a maneira pelas quais esses elementos são expostos aos olhos do público, construindo-se, então, uma nova dimensão de significados inesperados
Laranja Mecânica; violência; sexo; moral; ficção; futuro