Como numa peça de teatro, o artigo apresenta os atores que estiveram em cena no ano de 1968, com suas propostas, ambições, ilusões e limites. Há, em primeiro lugar, uma interpretação polêmica do processo da ditadura militar no país, destacando-se a necessidade do estudo de seus nexos e laços com a sociedade brasileira, ao contrário das tendências correntes que insistem em mostrar seu isolamento, como se tivesse existido apenas graças à repressão. Em segundo lugar, discute-se a autonomia entre o movimento estudantil e as organizações revolucionárias que recorreram às ações armadas. Finalmente, em terceiro lugar, são apresentadas algumas referências críticas para o estudo da trajetória das esquerdas no Brasil. O texto sustenta que o ano de 1968, embora pleno de desejou, não só terminou, como foi curto.
movimento estudantil; revolução; esquerdas; ditadura