Acessibilidade / Reportar erro

A impossível simbolização "daquilo que foi"

O autor aborda a cena artística francesa após a II Guerra Mundial a partir de uma idéia básica: por várias ordens de razões, foi impossível à cultura francesa realizar o "trabalho de luto" das vítimas do nazismo. Orientado por essa hipótese, o autor examina obras que tematizam a vida, a morte, a violência, a memória e o esquecimento. Impossibilitada de condensar a memória do horror no ritual e no monumento, a arte, após Auschwitz, pode apenas formular questões, tais como a da reversibilidade dos papéis do artista e do espectador e a da necessidade histórica de uma memória viva depois da violência escandalosa, assimbólica, inominável.

Arte; guerra; morte; memória; França


Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Av. Prof. Luciano Gualberto, 315, 05508-010, São Paulo - SP, Brasil - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: temposoc@edu.usp.br