Este artigo revisa a trajetória intelectual de Rubén Darío, perfilando a configuração do artista no modernismo (1880-1910), primeiro movimento concreto entre os escritores hispano-americanos, que renova substancialmente a produção literária em língua espanhola. Incorporado ao mercado moderno como jornalista na condição de migrante, oriundo do contexto cultural arcaico da Nicarágua natal, até os mais destacados centros hispano-americanos (Buenos Aires) e europeus (Madri, Paris), são consideradas suas demandas de autonomia estética e sua constante afirmação da autoridade do poeta para intervir nas discussões sobre a sociedade e a cultura moderna. Aí se destaca sua aposta na criação de uma América Latina fundada em novos laços de solidariedade e união com a Espanha, diante do avanço ameaçador dos Estados Unidos.
Modernismo; Artista moderno; Autonomia e mercado; Migrante