A teoria das economias religiosas proposta por Rodney Stark, Roger Finke e Laurence Iannaccone tem recebido pouca atenção nos meios acadêmicos latino-americanos. Poucos são os trabalhos locais que explicitam com precisão seus argumentos e os compreendem a partir de seus supostos e definições. Neste trabalho, descrevo as principais proposições dos autores norte-americanos a respeito da escolha racional, do funcionamento do mercado religioso e de suas conseqüências para o pluralismo religioso. Esta discussão é particularmente necessária, já que sua nova definição de "escolha racional" é pouco conhecida localmente e suas idéias sobre o mercado religioso têm sido relidas mais a partir da perspectiva de Berger que de seus próprios pressupostos. Chamar a atenção para o grau de regulação das economias religiosas mostra que estas não se definem exclusivamente em termos de monopólio ou de mercado, mas que existe de fato um continuum de possibilidades.
Religião; Mercado; Teoria social; Pluralismo religioso