A partir da exposição, sob a forma de relato literário, do sentido social do processo de envelhecimento, o texto produz uma combinação inventiva entre ao menos três dimensões da questão: a juventude como adiamento das determinações sociais, a formação relacional da identidade com referência à introjeção de um papel social e o viés alienante indissociável do assentamento no mundo adulto. Valendo-se da alternância entre relato e análise e da remissão às circunstâncias do período em que foi escrito, o trabalho conserva seu frescor ao esboçar uma espécie de fenomenologia do vivido voltada ao peso específico da definição profissional no capitalismo moderno.
Envelhecimento; Juventude; Identidade; Tempo social; Alienação