Neste ensaio tem-se como objetivo fornecer pistas acerca da inserção da imagem na configuração cultural do pós-modernismo. Ao mesmo tempo, dá-se espaço a uma breve digressão em torno da relação entre pós-modernismo e acumulação flexível, substrato matricial de onde emana o objeto de estudo em questão. Daqui em diante conceitualizam-se teses acerca da transmutação imagética, do primado da imagem e do efeito de desmaterialização instilado por aquela na percepção das relações sociais. Constitui-se, assim, uma cadeia conceitual com o propósito de interligar fenômenos e processos sociais apenas aparentemente dispersos entre si, como a organização da base produtiva do capitalismo contemporâneo, a realidade cultural deste último e o posicionamento da imagem dentro de todo esse enquadramento mais vasto.
Imagem; Pós-modernismo; Cultura; Acumulação flexível; Desmaterialização