O texto aborda a questão da participação social nas políticas públicas de saúde a partir de 1988. O objetivo consiste em problematizar a relação Estado-sociedade com base na instituição dos conselhos de gestão no Sistema Único de Saúde (SUS) com poder deliberativo. Parte-se do pressuposto de que mais democracia na saúde não se resume na expansão de serviços de saúde e da cobertura de atendimento. Ela compreende a construção da atenção à saúde como um bem público, contraposta à concepção como mercadoria, ou mero bem de consumo individual. Indaga-se sobre a natureza da participação social na saúde, as esferas pública e privada da vida social envolvidas nessa dinâmica, o grau de representatividade dessas demandas sociais, dada a diversidade de atores e de identidades sociais.
Participação social; Gestão da saúde; Conselho Nacional de Saúde