No presente artigo, realizo uma reconstrução sociológica da semântica da soberania popular, relacionando-a, com base em uma abordagem de teoria dos sistemas, aos processos de diferenciação estrutural do sistema político moderno. Ao se apreciarem os processos de transnacionalização e a descrição proposta por Hardt e Negri, levanta-se a questão acerca de quais estruturas seriam descritas pelo par de conceitos império e multidão, e em que grau esses conceitos têm plausibilidade sociológica, seja como descrição adequada da política mundial pós-nacional, seja como suposto "manifesto democrático para o século XXI".
Teoria dos Sistemas; Sistema político; Transnacionalização; Império; Pós-Democracia