OBJETIVO: Analisar as interfaces entre conhecimento, vulnerabilidade e empoderamento presentes nas memórias e representações sociais acerca do cuidado de enfermagem a pessoas com HIV/Aids. MÉTODOS: Pesquisa qualitativa realizada com trinta enfermeiros de um hospital público.Adotou-se o referencial da abordagem processual da Teoria das Representações Sociais. As entrevistas semiestruturadas foram transcritas e submetidas à análise de conteúdo temática instrumentalizada pelo software Nvivo 9.0. RESULTADOS: A vulnerabilidade foi expressa no medo oriundo da sensação de despreparo, insegurança profissional e escassez de informações científicas. Já o empoderamento corporificou-se na busca por conhecimento científico, na aceitação da natureza do trabalho e no tempo de atuação profissional. CONCLUSÃO: Os dados apontam para um conjunto de interfaces complexas e um processo de naturalização da AIDS realizado pelos enfermeiros para adaptar suas práticas às transformações históricas inerentes à síndrome.
Vulnerabilidade em saúde; Cuidados de enfermagem; Síndrome da imunodeficiência adquirida; Educação continuada em enfermagem; Atenção à saúde