Resumo
Objetivo:
Caracterizar violência doméstica na gravidez.
Métodos:
Estudo transversal, exploratório e analítico da violência doméstica com 385 mulheres atendidas em maternidade pública. Testes de Qui-Quadrado de Pearson e Exato de Fisher foram utilizados para verificar associações e considerados significantes resultados p<0,05. Dados das características sociodemográficas das mulheres, parceiros e familiares e itens do “Abuse Assessment Screen- AAS” foram coletados.
Resultados:
A violência doméstica acometeu 36,9% das mulheres em algum momento da vida e 34,6% na gravidez. As prevalências foram para violência psicológica (97,1%), física (48,7%) e sexual (4,9%) e oparceiro foi o principal agente. Houve associação significante da violência doméstica com religião protestante (p=0,0022), ausência de planejamento da gravidez (p=0,0196), baixa renda familiar (p=0,0215) e hábito do etilismo do parceiro (p=0,0002).
Conclusão:
A violência doméstica deve ser investigada sistematicamente na gravidez, com atenção especial nas grávidas protestantes, sem planejamento da gravidez e as mulheres cujos parceiros são etilistas.
Descritores
Enfermagem obstétrica; Enfermagem materno-infantil; Violência doméstica; Gravidez; Fatores sociodemográficos