Resumo
Objetivo
Analisar associação entre aleitamento materno e excesso de peso em pré-escolares.
Métodos
Estudo transversal com 448 pré-escolares de 10 Centros Municipais de Educação Infantil do município de Teresina-PI. Realizou-se reunião com os pais, momento em que foi aplicado o questionário estruturado com questões relativas aos dados sociodemográficos e alimentação pregressa das crianças. Posteriormente, foram obtidas as medidas antropométricas das crianças (peso e altura). Foi considerado excesso de peso (sobrepeso + obesidade) quando o resultado do escore-z foi maior que ou igual a +2, e os menores que +2 foram classificados como sem excesso de peso. A análise da associação entre o aleitamento materno exclusivo até seis meses, aleitamento exclusivo até quatro meses e o aleitamento materno com o estado nutricional da criança foi feita utilizando-se o teste qui-quadrado de Pearson (c2), enquanto a razão de prevalência (RP) foi estimada para quantificar as associações entre o aleitamento materno e o estado nutricional controlado pelas variáveis sociodemográficas. Todas as estimativas e os intervalos de confiança de 95% foram calculados utilizando o modelo de regressão de Poisson com variância robusta.
Resultados
A prevalência do excesso de peso e a proporção das crianças que receberam o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade foi de 11,16% e 41,9%, respectivamente. O excesso de peso foi 2,5 vezes mais elevado entre as crianças não amamentadas (IC 95%: 1,09; 5,83); e, após o controle das variáveis sociodemográficas, verificou-se que as crianças maiores de 48 meses tiveram risco elevado para o excesso de peso (RP: 1,69; IC 95%: 1,01; 2,85) em relação aos menores de 48 meses de idade (p = 0,04).
Conclusão
O presente estudo demonstrou que as crianças que receberam aleitamento materno foram protegidas contra o excesso de peso.
Obesidade pediátrica; Pré-escolar; Aleitamento materno