Este texto pretende estudar o uso político do passado bandeirante durante a década de 1920, concentrando-se nas obras do pensador antiliberal Oliveira Vianna e de Alfredo Ellis Jr., do Partido Republicano Paulista. Para tanto, segue as observações de Michel de Certeau sobre as três dimensões da operação historiográfica: seu lugar social de produção, os procedimentos de análise e a representação textual empregada. Demonstra-se a pluralidade de sentidos políticos conferidos ao bandeirante pela historiografia e sua relação com o duplo processo de construção de uma identidade regional para São Paulo e de um imaginário americanista, legitimador do republicanismo paulista.
historiografia; bandeirante; identidade regional; republicanismo paulista