Este artigo discute a memória social sobre a ditadura civil-militar brasileira, em particular a memória sobre o governo do presidente Emilio Médici. A partir da discussão da metáfora dos anos de chumbo, bem como da recuperação do período pelo viés dos anos de ouro, pretende-se analisar a complexidade dos comportamentos sociais sob a ditadura, e discutir atitudes como a passividade e a indiferença, que, tanto quanto a colaboração ativa, contribuem para a construção do consenso em torno do regime. Ao mesmo tempo, a ideia é refletir sobre a construção da memória social sobre o período em articulação com o esquecimento e os silêncios.
memória; ditadura; silêncios; esquecimento; consenso