A proposta do artigo é evidenciar o embate entre o Cinema Novo e o governo de Carlos Lacerda (1960-1965) em torno da representação cinematográfica do Rio de Janeiro. Recorre-se à análise de A grande cidade (Cacá Diegues, 1966) para, através dela, evidenciar a disputa entre a representação crítica da modernidade - pautada pelos pressupostos do cinema político - e a defesa de uma imagem urbana utópica, baseada na noção de capitalidade e levada a cabo por processos de modernização.
Cinema Novo; representação; Estado da Guanabara; cinema urbano