O artigo estuda a passagem da designação racial de "moreno" para "negro" no litoral norte do Rio Grande do Sul, entre a geração de netos e bisnetos de escravos, isto é, entre meados do século XX e início do século XXI. A historicização, através da memória, das categorias de identificação racial permite desnaturalizar a categoria "negro" como a única expressão de uma identidade étnica e, pelo contrário, reconhece o valor das percepções dos idosos acerca de seu pertencimento racial.
racialização; "moreno"; "negro"