RESUMO
O presente artigo investiga os vínculos estabelecidos entre clubes de futebol de várzea e líderes políticos de Belo Horizonte no momento final do intervalo democrático. Ao mobilizar fontes impressas e a memória social sobre a prática, busca-se compreender de que maneira essas interações possibilitaram a manutenção de uma modalidade esportiva cada vez mais ameaçada pelas pressões decorrentes da transformação urbana. O exame dessas relações permite perceber uma rede de reciprocidade ampla, que se estende para muito além dos períodos eleitorais e da simples troca de favores por votos.
Palavras-chave:
Futebol amador; Belo Horizonte; Clientelismo; Reciprocidade