Resumo
Este artigo visa demonstrar que as ações de caráter filantrópico em favor das populações infantojuvenis brasileiras pobres foram norteadas por discursos relativos a relações de gênero e de classe social. Inicialmente, com base em análise quantitativa e qualitativa, apresentamos o perfil das meninas pobres acolhidas entre 1904 e 1930 no Asilo de Órfãs São Vicente de Paulo, principal instituição de abrigo do estado de Santa Catarina (Brasil) para meninas. Posteriormente, descrevemos quais foram as atividades desempenhadas pelas meninas após a saída da instituição. Entre as atividades desempenhadas por elas destacam-se os serviços domésticos, o exercício do magistério e a carreira religiosa.
Palavras-chave:
Infância; Relações de gênero; Assistência social; Educação