A análise dos partidos políticos, na França e na Europa notadamente, recaiu em certa rotina analítica. Uma das razões dessa rotinização deve-se ao fato de ela ter negligenciado o estudo de organizações que se distanciam dos modelos-típicos privilegiados nas abordagens tradicionais, mas também pelas tendências em voga, que esboçam, entre outras, a noção de cartelização. Colocar à prova esses modelos a partir da observação in concreto de organizações partidárias "atípicas", recorrer à noção de instituição para pensar as formações partidárias como universos vivos e não como design estáticos, por exemplo, tais são as vias pelas quais pode-se apreender os partidos não pelo que eles deveriam ser ou não são, mas pelo que realmente são.
partidos politicos; teoria dos partidos; militantismo; direita; centro