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As siglas em cores no Trabalho das passagens, de W. Benjamin

Do que era para ser seu opus magnum, o Trabalho das passagens, concebido como uma história social da cidade de Paris no século XIX, W. Benjamin elaborou em 1938 um modelo, que ficou inacabado, mas do qual existe um plano de construção integral, reencontrado em 1981 na Bibliothèque Nationale da França. Com base no deciframento desses manuscritos, 80% inéditos, é apresentada aqui uma síntese do Modelo das passagens, em forma de uma constelação das 30 siglas em cores que simbolizam as 30 categorias construtivas. O trabalho se baseia na hipótese de que se trata de uma escrita esotérica com valores estéticos, semânticos e estruturadores próprios: recurso mimético destinado a ler o texto difícil da metrópole moderna. As siglas são analisadas sob sete aspectos: oficina de historiografia, escrita fisiognômica, visualização do tempo, história como cartografia, quadros de mentalidade, alegorização e radiografia de época. Atuando na intersecção entre tradições conceituais e pictográficas, as siglas constituem na historiografia um gênero de fronteira.


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