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Canticum Novum: música sem palavras e palavras sem som no pensamento de Santo Agostinho

NO De Magistro, Santo Agostinho coloca a reza e o canto numa posição similar, à margem das funções imediatamente comunicativas da linguagem. A reflexão agostiniana sobre a reza se baseia nos hábitos cristãos da leitura, da oração e da meditação silenciosas. Há sobre o canto, na prática igualmente inovadora do jubilus, melodia sem palavra destinada aos momentos mais intensos e gaudiosos da liturgia. A oração silenciosa e o jubilus são temas recorrentes da literatura patrística, mas Agostinho os aborda de maneira original, desenhando, a partir das palavras sem som da oração e do som sem palavra do jubilus, o perfil de um discurso interior, que não se destina aos homens, mas a Deus.


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