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A centralidade da pessoa na intervenção em nutrição e saúde

A ASSISTÊNCIA em saúde tem vivido um enorme avanço tecnológico nos últimos cinqüenta anos; não obstante, a preocupação com o fator humano tem merecido espaço cada vez maior nas pesquisas e intervenções dessa área. Para lidar com o homem, porém, é preciso considerar dois fatores: a experiência vivida da pessoa e a atuação de sua liberdade no processo decisório. Em condições extremas de pobreza, como é o caso da desnutrição, a pessoa pode fazer experiências de solidão, impotência, fatalismo, velamento, não-realização de um ideal e debilidade física e psíquica. Uma intervenção em saúde junto a essa população deve considerar tais condições. Deve, ao mesmo tempo, afirmar a liberdade incondicional de cada pessoa e o fato de ela se mover por um desejo infinito de felicidade. Pesquisas recentes demonstram que a felicidade tem influência direta sobre a saúde física. Portanto, para que uma intervenção em nutrição e saúde tenha êxito, é necessário considerar que significado ela terá para a vida - e para a felicidade - das pessoas envolvidas. A consideração operativa desses fatores contribuirá para que a atuação seja efetiva e duradoura.

Desnutrição; Pobreza; Pessoa; Experiência vivida; Intervenção em saúde


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