Através da análise etnográfica da aplicação da tecnologia de medição da pressão arterial nas consultas médicas em um centro médico público na cidade de Salvador, proponho pensar a articulação do processo de objetificação do corpo com o universo da experiência, tanto de médicos quanto de pacientes. Atentarei para a maneira como os atores envolvidos aplicam no encontro clínico conhecimentos provindos do cotidiano e do âmbito da Biomedicina, sinalizando como o controle da Hipertensão é produzido por, e por sua vez produz, corpos que vivenciam o mundo através de matrizes diferenciadoras tais como classe, gênero ou raça. Estes corpos e estas matrizes de significação não podem ser separados, no seu sentido real, material, do seu sentido simbólico e figurado.
raça; corporificação; tecnologia; hipertensão; etnografia