Neste artigo, com o objetivo de acompanhar a dinâmica de estilização sociocomunicativa em que se define o gênero lúdico-estético Desfile de Carnaval, no Rio de Janeiro, a argumentação desenvolvida toma por fio condutor a posição do artista-intelectual carnavalesco. Isto, no andamento da diferenciação funcional relativa à ascensão do cargo e como se afirma sua liderança estética nos desfiles das escolas de samba. Recortamos a análise no intervalo entre as décadas de 1950 e 1980, focando, de um lado, o carnavalesco, na figura do intelectual modernista comprometido com um ideário modernizador, na postura do legislador cultural; de outro lado, o lugar do especialista na concepção e produção de imagens visuais no concerto do superestáculo carnavalesco.
Sociologia; Cultura Urbana; Desfile de Carnaval; Comunicação