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Guerreiro Ramos interpela a Unesco: ciências sociais, militância e antirracismo

Guerreiro Ramos challenges Unesco: social sciences, activism, and anti-racism

Guerreiro Ramos interpelle l’Unesco: sciences sociales, militance et antiracisme

Este artigo analisa as críticas de Guerreiro Ramos à proposta da Unesco de patrocinar uma série de pesquisas sobre as relações raciais no Brasil no início dos anos 1950. O estudo analisa os trabalhos de Guerreiro Ramos entre 1946 e 1950, considerando suas críticas à tradição de estudos afro-brasileiros, suas abordagens acerca do preconceito de cor sob o prisma das intersecções entre sociologia e psicologia social e as reflexões do cientista social sobre a necessidade de formação de uma intelligentsia negra com o objetivo de combater a discriminação racial no país. Apesar da proposta de Guerreiro Ramos de um Congresso Internacional sobre Raças, ao invés de uma pesquisa acadêmica, não ter vingado, ela gerou um efeito não previsto com a ampliação e diversificação dos estudos da Unesco. Concorreu para tal mudança a existência de um cenário em aberto que foi sendo construído a partir da atuação autônoma de uma rede transatlântica de cientistas sociais progressistas, com experiências diversas de ensino e/ou pesquisa no Brasil e sensível às demandas apresentadas no 1º. Congresso do Negro Brasileiro, patrocinado pelo Teatro Experimental do Negro (TEN).

Racismo; Teatro Experimental Do Negro; Alberto Guerreiro Ramos; Pensamento Social No Brasil; Unesco; História Das Ciências Sociais


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