O artigo organiza um debate sobre a produção literária juvenil associada à venda massiva. Tem o duplo objetivo de conceituar os best-sellers e traçar as linhas históricas de conexão da produção contemporânea com a presença do livro europeu e americano na edição brasileira, desde o século XIX. A formação de um espaço literário nacional foi marcada pela importação de clássicos do patrimônio literário mundial, romances de viagem e de aventura, narrativas sentimentais e contos de fadas orientados pela circulação transatlântica da oferta e do consumo massivo. Os critérios estabelecidos para a análise da obra seriada da escritora Thalita Rebouças, que hoje objetiva o fenômeno best-seller nacional, embasam o argumento de que o livro juvenil, quando pego na lógica da circulação mundial da cultura, lança mão de um retorno temático ao passado, reinventando-se ao fazer do velho sempre uma novidade.
Best-sellers juvenis; Circulação transnacional da cultura; Série literária; Autoria literária