Neste artigo, destaca-se a importância de alguns estudos que se dedicaram a compreender o agir político das classes subalternas por meio da análise do fenômeno religioso do fanatismo ou do messianismo. É o que se depreende dos ensaios pioneiros de Nina Rodrigues e Arthur Ramos e das análises sociológicas de Roger Bastide e Maria Isaura Pereira de Queiroz. Com a passagem do ensaio para a sociologia consolidou-se a explicação da crença messiânica pela noção de mana. A partir disso, uma nova interpretação foi elaborada para os anseios políticos da classe subalterna e para a liderança a que ela se conforma.
Consciência das classes subalternas; Messianismo; Pensamento social brasileiro; Sociologia