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Estatinas na sepse: nova arma terapêutica no arsenal da medicina intensiva?

Statins on sepsis: a new therapeutic gun in intensive care medicine?

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Sepse é uma síndrome de base inflamatória; diversos fármacos que -atuam sobre as vias de ativação da inflamação vêm sendo observados. As estatinas, além do conhecido efeito hipolipemiante detêm capacidades antiinflamatórias chamados pleiotrópicas. Essa ação pode ser benéfica no tratamento da sepse. O objetivo deste estudo foi revisar as principais publicações abordando o seu uso na sepse. MÉTODO: Busca por artigos originais cruzando os unitermos sepse e estatina no MedLine entre 1990 e 2006. RESULTADOS: Diversos estudos experimentais e retrospectivos investigaram o uso de estatinas em sepse, até o momento, em sua maioria mostraram melhora de mortalidade e morbidade. Não existem estudos prospectivos, aleatórios, placebo-controlados ou metanálises, o que demonstrou que a falta de evidências sólidas e comprovadas para indicação de uso desta conduta ainda é prevalente. Portanto ainda com seu beneficio questionável, são necessários estudos clínicos aleatórios que possam comprovar a teoria em questão. CONCLUSÕES: Diversos estudos experimentais e retrospectivos têm investigado o uso de estatinas em pacientes sépticos, porém, apesar da literatura demonstrar ser esta teoria promissora, ainda necessita-se de estudos clínicos abordando maior número de pacientes, de forma aleatória, para estar-se apto a entender e, possivelmente, recomendar o uso desta medicação no tratamento de pacientes com sepse.

choque séptico; disfunção de múltiplos órgãos e sistemas; Estatinas; inflamação; sepse


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