Este artigo apresenta a análise das manifestações da crise adolescência na correlação que estas mantêm com o funcionamento social contemporâneo como indicador privilegiado para pensar a operação da ciência e seus efeitos no campo do sujeito. A análise parte do exame da incidência da ciência sobre a linguagem como domínio a partir do qual o sujeito se constitui. Aborda questões próprias da clínica psicanalítica com adolescentes - tais como a dificuldade de elaboração de uma referência à alteridade e seus impasses diante do sexo e a morte -, refletindo sobre a vinculação destas dificuldades com o que é desencadeado pelas transformações do discurso e do laço social constitutivas da prática da ciência.
psicanálise; adolescência; ciência; sujeito; contemporaneidade