A partir de estudo de casos em clínica com adolescentes, procuramos identificar os aparatos simbólicos da linguagem contemporânea, no que concerne à construção da identidade. As tecnologias disponíveis são utilizadas pelos adolescentes como elementos de alteridade em que a afirmação da sexualidade desvanece sob o emaranhado de "próteses da linguagem". A constatação de que esses valores, uma vez incorporados, não inibem o aparecimento dos temores do homem primitivo revela paradigmas e paradoxos singulares. Na montagem que o adolescente produz de sua imagem, as próteses não só comparecem como proteção da pulsão, mas, além e concomitantemente, como autorização erótica da angústia identitária.
imagem do corpo; adolescência; identidade; tecnologia; narcisismo