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Microeconomia reducionista e microeconomia sistêmica

No artigo sustenta-se que outra microeconomia, metodologicamente diferente do reducionismo neoclássico, está em processo de rápido desenvolvimento: a microeconomia sistêmica e evolucionária. A anterior baseia-se em agentes clarividentes, que se informam, mas não se instruem, e que agem com racionalidade substantiva. A última funda-se em agentes parcialmente cegos, que aprendem e que atuam racionalmente de modo adaptativo. Mostra-se que o fulcro da diferença entre essas duas alternativas encontra-se no modo de conectar as partes entre si e as partes com o todo. Na primeira, os agentes são independentes entre si e as propriedades globais são obtidas por agregação. Na segunda, os agentes encontram-se organizados pelas estruturas sociais e formam composições que têm propriedades emergentes. Assim, as partes e o todo se pertencem, ou seja, são inseparáveis. Na primeira, os agentes são definidos apenas por suas propriedades intrínsecas, mas na segunda o são também por suas propriedades relacionais.

microeconomia evolucionária; microeconomia sistêmica; racionalidade adaptativa; racionalidade limitada; problema da composição


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