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Transições e duração do desemprego: uma revisão da literatura com novas evidências para Belo Horizonte

Este trabalho investiga os fluxos entre os estados do mercado de trabalho - ocupação, desemprego e inatividade - e a permanência no estado de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com base nos dados da PME, entre 1997 e 2001. Entre as características individuais, os resultados apontam que o comportamento do desemprego para jovens e mulheres é afetado muito mais pela maior incidência desses grupos nesse estado, porque são observadas maior intensidade e maior freqüência dos fluxos entre os outros estados de ocupação - desemprego e inatividade - do que por um longo período de permanência no desemprego. No caso de longa duração, os indivíduos mais escolarizados que estão há mais tempo sem trabalho e que, na última ocupação, tinham carteira de trabalho assinada são os mais atingidos. Percebe-se que a seletividade do mercado de trabalho, as formas precárias de inserção e o comportamento da atividade econômica dessa região contribuem para o aumento tanto do desemprego quanto da rotatividade entre os grupos com menor estabilidade no mercado de trabalho. Nesse sentido, conclui-se que o fenômeno do desemprego na RMBH é afetado não só por fatores individuais, como também pelo comportamento da atividade econômica, confirmando, assim, o predito pelos modelos de busca de emprego.

desemprego; transição; modelos de sobrevivência


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