Resumo
Este artigo analisa a evolução da concentração dos gastos culturais nas Regiões Metropolitanas (RMs) brasileiras, com base nas Pesquisas de Orçamentos Familiares dos períodos 2002-2003 e 2008-2009. Pretende-se entender as alterações nas práticas de consumo na primeira década dos anos 2000 diante das mudanças tecnológicas recentes, com enfoque na evolução da desigualdade entre e dentro das RMs brasileiras. Para tanto, apresenta-se uma análise dos itens relacionados com o aumento (redução) da concentração dos gastos dentro do domicílio com cultura, através da decomposição do coeficiente de Gini segundo os diferentes itens de despesas culturais. Os principais resultados foram: aumento significativo no consumo de novas tecnologias de comunicação; aumento da concentração dos gastos fora do domicílio; intensidade da concentração semelhante entre as RMs, enquanto dentro das RMs a renda e a educação são os principais fatores que influenciam a propensão a consumir.
Palavras-chave
inclusão digital; gastos com cultura; desconcentração; classes de renda; gastos domiciliares; Regiões Metropolitanas