Pretende-se, nesse artigo, relacionar o trabalho da sublimação com a constituição dos ideais que caracterizam a economia narcísica do sujeito freudiano. Partindo da diferenciação, sublinhada por Freud, entre sublimação e idealização, demonstra-se de que modo o processo sublimatório se aproxima do trabalho de desidealização promovido pelo humor. Na sublimação, assim como no humor, assiste-se a uma “ereção do eu no eu”, ao mesmo tempo em que se elabora o luto pelos objetos idealizado da infância. O papel da pulsão de morte para a emergência de processos criativos é também analisado.
Sublimação; Humor; Ideal do eu; Trabalho de luto; Pulsão de morte