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Psicologia USP
versão impressa ISSN 0103-6564versão On-line ISSN 1678-5177
Resumo
GONDAR, Jô e ANTONELLO, Diego Frichs. O analista como testemunha. Psicol. USP [online]. 2016, vol.27, n.1, pp.16-23. ISSN 1678-5177. https://doi.org/10.1590/0103-6564D20150010.
A proposta deste artigo é pensar o lugar da testemunha como um lugar terceiro que o analista, na clínica do traumático, é capaz de sustentar. Nos sonhos traumáticos, segundo Ferenczi, já existe a convocação de um terceiro. Não se trata da testemunha da esfera do Direito, tampouco do lugar do pai ou da Lei simbólica. Trata-se de um terceiro espaço que pode ser chamado de potencial, espaço intersticial, indeterminado e informe no qual circula - e aos poucos ganha forma -, algo que a princípio seria incomunicável. Esse espaço permite e suporta a literalidade da narrativa testemunhal, seus titubeios, paradoxos e silêncios. Mais do que uma teoria do trauma, a noção de espaço potencial seria a grande contribuição da psicanálise às pesquisas teóricas e clínicas com sobreviventes de campos de extermínio, de situações de tortura e de violência.
Palavras-chave : trauma; testemunha; espaço potencial; clínica; psicanálise.