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A elaboração1 1 As traduções consultadas empregaram "elaborar" (espanhol), "working through" (inglês) e "perlaboration" (francês). O termo alemão para elaboração, "durcharbeitung", expressa a ideia de trabalhar por meio de algo (durch) ou percorrer uma tarefa. No Vocabulário da psicanálise, Laplanche e Pontalis (1982) propõem o neologismo "perlaboration" ("perlaboração") para traduzir "durcharbeitung". Na presente tradução, preferimos usar o termo "elaboração" (N.T.). e seus modelos2 2 O presente texto é resultado da tradução de um artigo originalmente escrito por René Roussillon, com o título La perlaboration et ses modèles. O texto original foi publicado na Revue Française de Psychanalyse (2008/3, vol. 72 - Disponível em http://www.cairn.info/resume.php?ID_ARTICLE=RFP_723_0855), e sua tradução e publicação, na Revista Psicologia USP, foi autorizada mediante e-mail da senhora Maria Vlachou, Rights Manager da Presses Universitaires de France. : Leitura principal, Congresso da IPA em Berlim, Julho de 2007* * Tradução de Marcel Henrique Bertonzzin e Thiago Abrantes (Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia).

The development and its models: main reading, IPA Congress in Berlin, July 2007

La perlaboration et ses modèles: lecture principale, Congrès de la IPA à Berlin, juillet 2007

La elaboración y sus modelos: lectura principal, Congreso de IPA, Berlín, julio de 2007

Resumo:

A elaboração é inerente ao trabalho psicanalítico, é sua própria forma, portanto está sempre presente, mas muda de aspecto, de implicação e de economia de acordo com as exigências deste. Explorarei três modelos de seu funcionamento em função do que está em primeiro plano no trabalho psicanalítico. No primeiro modelo, o que está em questão no trabalho é ajudar a tomada de consciência de um complexo representacional reprimido; o segundo relaciona-se com o trabalho psíquico referente a tornar consciente moções pulsionais ou experiências psíquicas que não puderam ser representadas, de modo que o tempo da análise torna-se o primeiro tempo a posteriori (après-coup); o terceiro é o modelo no qual a representação e a simbolização de uma experiência subjetiva, assim como suas implicações pulsionais, foram realizadas, fazendo o analisando se apropriar subjetivamente destas para poder integrá-las.

Palavras-chave:
elaboração; resistência do Eu; resistência do Id; resistência do Super-eu; subjetivação

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