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Nem tudo que reluz é Marx: críticas stalinistas a Vigotski no âmbito da ciência soviética1 1 Fonte de financiamento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Processo número BEX 3182/13-04.

Tout ce qui brille n’est pas Marx: analyse de la critique stalinienne à Vigotski dans la science soviétique

Ni todo lo que brilla es Marx: análisis de las críticas estalinistas a Vigotski en la ciencia soviética

Resumo

No Brasil, tem havido notável crescimento da chamada “teoria da atividade”, cuja fundamentação é associada especialmente ao pesquisador russo A. N. Leontiev (1903-1979). Isso se tem feito em conexão direta com a noção de que Vigotski, Luria e Leontiev compuseram uma troika, responsável pela elaboração da teoria histórico-cultural e da teoria da atividade. O objetivo deste artigo é iniciar a problematização da própria veracidade dessa narrativa a partir de uma análise do contexto no qual se dispôs o conteúdo das críticas stalinistas a Vigotski de 1931-1937, da construção do sistema de produção científica no regime soviético e dos contrastes políticos e culturais entre os anos de 1920 e 1930 - especialmente o estabelecimento do marxismo-leninismo e o pragmatismo como marcas do regime stalinista. O texto contribui para a análise das ideias e frentes de trabalho vigotskianas condenadas pelos críticos stalinistas e suas potenciais repercussões na psicologia soviética elaborada nos anos de 1930.

Palavras-chave:
Leontiev; teoria da atividade; psicologia histórico-cultural; stalinismo; ciência stalinista

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