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O que (não) há de “complexo” no comportamento? Behaviorismo radical, self, insight e linguagem

Qu’est qui est (et n’est pas) « complexe » dans le comportement ? Béhaviorisme radical, « self », « insight » et langage

¿Qué (no) hay de “complejo” sobre el comportamiento? Conductismo radical, Self, Insight y lenguaje

Resumo

Uma crítica comum encontrada em manuais e livros didáticos de psicologia é que a análise do comportamento não seria capaz de explicar fenômenos psicológicos complexos. Estes seriam melhor abordados por explicações cognitivistas baseadas em mecanismos internos ao organismo. Este ensaio tem como objetivo avaliar a pertinência dessa crítica à luz de exemplos da literatura analítico-comportamental. A partir da análise de pesquisas que tratam de formação de self, insight e linguagem, argumenta-se que a “complexidade” foi importada para os laboratórios de análise do comportamento, assim como floresceu em diversas linhas de pesquisa de tradição behaviorista radical. Em adição, são discutidos cinco significados possíveis dados à “complexidade” extraídos da literatura consultada. Conclui-se que não há significado útil do termo e que, por essa razão, talvez seja pertinente abandoná-lo como critério de classificação de comportamentos. Como consequência, “comportamento complexo” seria simplesmente “comportamento” e nada mais.

Palavras-chave:
behaviorismo radical; cognitivismo; metateorias; comportamento complexo

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