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O analista é o historiador: verdade, interpretação e perplexidade

L’analyste en tant qu’historien : vérité, interprétation et perplexité

El analista es el historiador: verdad, interpretación y perplejidad

Resumo

O artigo discute o estatuto dado à história pela psicanálise bem como suas possíveis consequências no interior da teoria e da prática analíticas. Recorre-se, em um primeiro momento, a dois textos freudianos que aportam noções paradigmáticas sobre a história: Moisés e a religião monoteísta e Construções em análise, a fim de sublinhar diferentes noções freudianas de história. Apresenta-se de que maneira a noção de história em psicanálise permite a reformulação de conceitos como os de verdade e materialidade. Passa-se, então, à análise do lugar dado à História por Lacan, com vistas a demonstrar sua centralidade, propondo uma distinção tripartite entre diferentes regimes de historicidade - real, simbólica e imaginária. Apresenta-se, por fim, desdobramentos clínicos de uma aproximação feita por Lacan entre o analista e o historiador.

Palavras-chave:
transferência; história; verdade; psicanálise

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