Este artigo analisa as subjetividades juvenis demandadas pelo discurso de algumas comunidades do Orkut (site de relacionamentos) que tratam da escola. Trabalha com conceitos dos Estudos Culturais como cultura juvenil; dos estudos de Michel Foucault como poder disciplinar, subjetivação; e do pós-panoptismo e sinoptismo. A participação em comunidades do Orkut é aqui compreendida como uma estratégia que leva a juventude a escrever sobre si. Por um lado, a maquinaria do Orkut funciona como uma espécie de dispositivo panóptico, por meio do acionamento de técnicas de visibilização e disciplinamento da juventude. Por outro lado, lança mão das relações de poder pós-panópticas no processo de produção das subjetividades. O argumento desenvolvido é de que os discursos das comunidades são heterogêneos e as relações de poder estabelecidas demandam certas subjetividades e produzem efeitos de verdade que atuam no sentido de divulgar a escolarização como vinculada à garantia de um futuro de sucesso.
juventude; escola; Orkut; subjetivação; disciplinamento