Resumo
Este artigo se dedica a abordar alguns trechos de relato etnográfico, entrevistas e imagens, gerados em um universo de práticas culturais jovens marginalizadas, especialmente a piXação e as turmas de Bate-Bola, ambas muito populares nos subúrbios e nas favelas cariocas, cruzando-os com os conceitos de communitas/liminaridade em Turner e de dispêndio em Bataille. Desse cruzo empírico-teórico, sugere-se que tais maneiras de viver, justamente subjetividades das mais negligenciadas nas escolas e nas cidades, oferecem em suas performances, em seus acabamentos éticos e estéticos, bons indicativos para entender as razões epistemológicas de suas incompatibilidades ao receituário normativo, ou seja, escancaram os limites economica e libidinalmente miseráveis das máquinas de subjetivação que fomentam suas exclusões; justamente porque não cabem, transbordam. Nietzsche, Castoriadis e Maffesoli reforçam o aparato teórico neste trabalho.
Palavras-chave
juventude; epistemologia; estética; subjetividade