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A percepção de si como sujeito-da-doença

Perceiving oneself as a subject-of-sickness

La perception de soi comme sujet-de-la-maladie

Este artigo tem como objetivo retomar a análise de Michel Foucault sobre os tipos de poder que tornam os seres humanos sujeitos, para pensar a questão de como o sujeito se percebe a si próprio como passível de ser um sujeito-da-doença. O corpo sujeitado pela doença expressa concretamente como se estabelece uma relação de poder. Procurando analisar essa configuração, tento caracterizar, em primeiro lugar, as condições externas para a percepção de si como sujeito e, em seguida, a articulação interna, ou seja, como o próprio sujeito se vê. As raízes sociais da percepção de si como sujeito remetem aos diversos discursos sobre/do sujeito, que correspondem a estratégias de determinados sistemas (religioso, da medicinae outros). Todavia, do ponto de vista do sujeito, a condição para uma percepção de si como passível de ser sujeito-da-doença está presente na medida em que se vê, de um lado, cuidado pelo Estado e, de outro, cuidando de si. A partir daí, procuro mostrar como decorre o "tornar-se doente", termo genérico que abrange três formas seqüenciais: "estou doente", "sou doente", "sou paciente".


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