O artigo apresenta uma exploração crítica do conceito de risco no campo da medicina social, em especial o chamado risco ocupacional, mediante uma aproximação com a etnometodologia. O estudo do risco como fenômeno sociocultural revela relações de natureza diversa que o cercam, nem sempre passíveis de serem compreendidas por abordagens matemáticas, tradicionalmente estabelecidas pelos enfoques da epidemiologia e engenharia de segurança. São relações do tipo econômico, político, ideológico ou mágico-religioso que são vividas em situações particulares e cenários definidos, onde práticas e representações sociais se estruturam, conferindo realidade aos riscos.