Neste texto, são explorados dilemas do debate político-cultural contemporâneo, em especial a questão dos sentidos políticos dos processos de formação de identidades dos movimentos sociais. Para tanto, discute-se a tensão entre a leitura que desvenda um sentido tirânico, e portanto regressivo, nos movimentos de identidade parciais e a interpretação que revela as potencialidades democráticas, e portanto emancipatórias, desses mesmos movimentos, em termos pessoais e coletivos. Essa tensão remete, finalmente, ao problema, fundamental do ponto de vista dos próprios movimentos, das diferenças entre a lógica crítica e a lógica da ação política na sociedade contemporânea.