A partir de entrevistas realizadas com um grupo de mulheres que têm, ou tiveram, dificuldade de engravidar, este estudo discute imagens da família, da criança e da paternidade / maternidade, após o surgimento das novas tecnologias reprodutivas. A possibilidade de realização de bebês de proveta é ainda marcada por aspectos contraditórios, que colocam dificuldades para as pessoas e casais desejosos de reprodução, e que as utilizam ou pretendem utilizá-las. Quase totalmente instaladas no setor privado da medicina, a introdução e a difusão dessas tecnologias reproduzem a mesma lógica excludente que vige no quadro da saúde brasileira.
Reprodução assistida; infertilidade; medicalização; família