Este artigo visa a retomar algumas das principais teses do historiador Christopher Lasch acerca da subjetividade contemporânea. Utilizando o conceito psicanalítico de narcisismo para produzir um diagnóstico de nossos tempos, Lasch propõe uma interessante relação entre indivíduo e sociedade - questão inerente a todo pensamento sociológico. Pretendemos sustentar a importância da noção laschiana de uma ética da sobrevivência narcísica para a análise do mundo globalizado, onde a escassez de ideais comuns e o conseqüente recuo da política parecem apontar para a intensificação do investimento no bem-estar individual como a única alternativa válida.
Subjetividade contemporânea; narcisismo; psicopatologia