Este artigo pretende ensaiar as possíveis associações, no campo discursivo, entre a psiquiatria e a geriatria. Para tanto revisamos os objetos fundadores dos referidos campos - doença mental e velhice, respectivamente -, buscando alcançá-los enquanto construções sociais. Realizamos um paralelo entre a gerontologia e a saúde mental, através de dois eixos: sua reação a uma ordem anterior hegemonicamente médica na apresentação da psiquiatria e da geriatria, e a maneira como posteriormente vêm questionar o saber médico, pela apresentação de um discurso baseado na locução interdisciplinar. Tomamos Debert como texto-ancôra na discussão sobre velhice, naquilo que classifica como "terceira idade" e as conseqüências da invenção desta cate goria para as transformações no campo de intervenção da gerontologia, de base interdisciplinar.
Psiquiatria; geriatria; gerontologia; saúde mental; epistemologia