Este trabalho examina a questão da maternidade, a partir de uma abordagem histórica das construções discursivas dominantes na Grécia Clássica e nas Luzes, e da análise de determinados textos de Freud. O objetivo principal é tentar demonstrar o peso de uma tradição patriarcal, que remonta à Antigüidade sobre a representação fálica da maternidade de Freud (embora ele também abra outras linhas interpretativas alternativas), sustentada em três pilares fundamentais: o monismo fálico, o essencialismo no entendimento da questão da diferença entre os sexos e a idéia de que as mães têm os filhos sozinhas, sem intervenção do pai.
Maternidade; representação fálica; história; psicanálise