Este ensaio tem como objetivo desenvolver a noção de alteridade na psicanálise a partir dos conceitos de feminilidade e de experiência. Parte de uma crítica à centralidade do modelo Édipo / castração na teoria psicanalítica modelo este que fundamenta uma forma de subjetivação que se faz pelo recalque como defesa ou pela renúncia pulsional - para pensar novas formas de sociabilidade. Inicialmente, procura-se analisar o destino da experiência alteritária na modernidade: o outro como estranho-familiar. Em seguida, através da análise de algumas passagens da obra freudiana, procura-se desen volver a noção de alteridade no registro da imanência, ou seja, como uma abertura para a diferença.
Alteridade; feminilidade; novas formas de subjetivação; psicanálise; cultura