O artigo aborda práticas sexuais e representações sociais de casais sorodiscordantes para o HIV/Aids. Argumenta-se que em situação de conjugalidade há uma suspensão do chamado sexo seguro e um processo de rotinização da intimidade. A partir de entrevistas realizadas com homens e mulheres envolvidos em relacionamentos considerados estáveis, destrinça-se o repertório de práticas sexuais exercidas segundo o gênero, investigam-se as representações associadas ao elenco destas práticas e se discute como as mensagens de prevenção muitas vezes não acompanham estas lógicas, forjando-se a partir de discursos normativos e distantes das realidades cotidianas vividas pelos sujeitos.
Gênero; sexualidade; Aids; políticas públicas; sorodiscordância